Vale Tudo por Audiência?

Uma review de Entrevista com o Demônio (2023)

Resumindo 
Um filme tenso e com uma estética maravilhosa dos programas sensacionalistas dos anos 70, onde era tudo por audiência

Expandindo 

O Filme já havia saído ano passado nos EUA e só agora chegou ao Brasil por meios legais, então evitei de ver até que surgiu a oportunidade de assistir com a Lenda Felipolas e o Incrível Piologo e vou te dizer, não é que é um ótimo filme de suspense sobrenatural?

Na história, depois de perder sua esposa o apresentador de TV Jack Delroy (David Dastmalchian) decide voltar a ativa, só que para mantar seu programa no ar, ele precisa de audiência, como ter audiência? Com polêmica e sensacionalismo, então ele decide fazer um especial de Halloween com um médium, um cético, uma parademonologista e uma garota possuída, o que poderia dar errado?

Primeiramente, parabéns pela produção que consegui recriar uma estética que te transporta diretamente aos anos 70, desde o figurino a tecnologia, diálogos e principalmente ao estilo da câmera e aos (d)efeitos especiais, de fato um show a parte!

Não só o programa fictício do filme como outros programas reais que vieram depois e ainda estão no ar, todos foram diretamente influenciados pelo programa do Johnny Carsono The Tonight Show que foi ao ar entre 1962 a 1992 e foi o verdadeiro Talk Show clássico. Como pesquisei pouco, não posso dizer muito, mas o The Owl Hour é um copia e cola do clássico, tanto que até citam o programa dele como concorrente, que em 77 estava no auge.  

Gostei muito do dilema de Sobrenatural X Ceticismo, onde sim, tudo que aconteceu pode ser explicado pelo sobrenatural, mas muita coisa também pode ser explicado pelo ceticismo, como por exemplo com tecnologia, teatro e hipnose (a cena foi muito boa).

Sobre os (d)efeitos especiais, eles são muito simples e até bobos, dá pra usar como desculpa que faz parte da estética anos 70, mas tirando o final de abrir cabeças e cortar pescoços em meio ao coas, os efeitos são difíceis de engolir.

Destaque para a atuação e maquiagem da garota Ingred Torelli (Lilly D’Abo) demonstrando um trauma insano na mente e um demônio maluco no corpo, de fato foram cenas bem legais, mas o quanto essa menina incomoda olhando pra câmera e sorrindo é inexplicável. 

Perdi os 2min iniciais, mas sei que foi o contexto do apresentador que acaba sendo retomado no final e dá a entender que o Jack já fazia parte de um culto e conseguiu sua fama através de um pacto dando a sua esposa como garantia. 

Lembro que na época do lançamento teve alguma polêmica envolvendo Inteligência Artificial que foi usada para algo na produção do filme, pensei que era pro pôster, mas to achando que foi pra algo da produção mesmo, enfim é um avanço que não tem como parar, mas dar uma desculpa que foi pra testar ou sei lá o que não dá.

No geral é um filme aparentemente muito independente e que se eu tivesse visto na tv em meados de 2010, tarde da noite, sem saber o que é um found footage eu provavelmente estaria sem dormir até hoje, então parabéns, pois de fato é um ótimo filme. 

Destaques Extras 

– Acho que eu vi um Bolinha de O Esquadro Suicida (2021)

– Acho que o preto e branco quebra o found footage, mas tá valendo 

– Agora eu que to com fobia de minhoca 

– Vale citar que o demônio Abraxas tem uma cabeça de galo, curiosamente o símbolo da comunicação 

– Eu ia adorar ainda mais se tive os comerciais da época  

– Imagina se o programa do Danilo Gentile termina assim??

Nota: 7,5

Filme atualmente disponível nos cinemas

Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler e até a próxima!

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