Em um Lugar Silencioso, Todo Mundo vai te Ouvir Gritar

Uma review de Um Lugar Silencioso: Dia Um (2024)

Resumindo

Esperava somente caos, mas recebi um baita drama pra refletir em meio a uma invasão caótica 

Expandindo

Fui assistir o filme com a lenda Felipolas e o mago André, meio que de forma organizada, mas ainda assim chegamos durante os trailers. Acredito que todos nós esperávamos um filme tenso do começo ao fim e ele até tem algumas cenas bem tensas, mas acaba por ser mais um drama introspectivo em meio a uma invasão alienígena, o que não é nem um pouco ruim.

Na história acompanhamos ‘Sammy’ (Lupita Nyong’o), uma paciente com os dias contados devido a um câncer terminal e seu gatinho de apoio emocional Frodo, em meio a uma visita a uma das cidades mais barulhentas do mundo, que por coincidência sofre uma invasão alienígena extremamente agressiva. Mais pra frente ela encontra Eric (Joseph Quinn), um cara meio sem propósito que decide seguir/ ajudar ela a comer pizza (literalmente isso).

Destaque para as atuações dos protagonistas, não sabia que a personagem da Lupita seria uma pessoa tão debilitada, o que por si só já causa um impacto e junto a sua interpretação, vc realmente sente que ela grita sem voz, o mesmo serve pro Eric, vc inicialmente pensa que ele é um bobão perdido sobre o que fazer da vida (talvez para refletir a nossa geração sem rumo), mas na hora da tensão ele sabe se virar, tirando um ou outro ataque de pânico (esse moleque tá voando muito desde Stranger Things), então graças a ela, ele encontra um propósito (ajudar ela e cuidar do gatinho dela).

Sinto que o filme meio que desperdiçou o “Dia Um” em Nova York, claro até que as pessoas soubessem que as criaturas são atraídas pelo som seria um massacre sem proporções, porém logo no primeiro dia o exército avisa pra população ficar pio e já vamos pro dia 2 kkkk, sei lá, a ideia foi boa, mas a execução é mais ou menos nesse quesito.

A direção e roteiro de Michael Sarnoski funciona muito bem pra esse universo, ele consegue trazer uma claustrofobia insana e um belo plano sequência de caos, realmente ele conseguiu fazer um roteiro simples, mas não simplório, que ao mesmo tempo que fala pouco, diz muito.

Vale destacar o caos em meio as cinzas e pessoas confusas que remetem diretamente aos ataques de 11 de setembro, que também aconteceram em Nova York, então tem uma forte relação que é impossível não fazer.

Os monstros desse filme parecem um pouco mais surdos (kkkk), talvez pelo caos barulhento que era a Terra eles ainda estavam se adaptando, mas uma pessoa conseguir respirar do lado da criatura e sobreviver pra mim é um absurdo, fora isso a única migalha de lore que tivemos foi que as criaturas comem algo que veio junto do meteoro (lembrando que os bichos são sacanas e so matam por esporte), o que particularmente eu curti, mas queria mais.

Agora o que será que vamos ver? Pq a participação do Henri (Djimon Hounsou [O nome dele é Digimon!]) , personagem do segundo filme foi praticamente irrelevante e considerando o final, o Eric e o Frodo podem aparecer em algum projeto futuro da franquia, ainda levando em conta a bilheteria das primeiras semanas e a dos filmes anteriores, acredito que já deu um bom resultado, logo um sinal verde para continuar explorando esse universo nas telonas. Vale lembrar que já temos o game A Quiet Place: The Road Ahead anunciado!

No geral é um filme de invasão alienígena bem introspectivo, o que não é ruim, só inusitado e eu curti todo o character driven feito somente com algumas cenas tensas e bonitas, sem muitas falas ou flashbacks, onde o que mais vale é a emoção e os olhares.

Destaques Extras

⁃ Acho que eu vi um hereditário

⁃ Gato que não faz barulho é provavelmente a coisa mais fantasiosa do filme

⁃ Aquela pizza devia estar boa

⁃ Pelo que eu lembro, pra mim o 2º filme continua sendo o mais fraco da franquia

Nota: 7,5

Filme atualmente disponível nos cinemas

Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler e até a próxima!

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