Resumindo
Não dá pra ter empatia por esse desprovido de graça, o que é ótimo!
Expandindo (com spoilers)
Quando anunciaram essa série eu achei meio estranho, mas acreditava que poderia ser boa justamente pelo fator surpresa, porém não imaginava que seria incrível. Acompanhei os episódios semanalmente com Me, Myself and I e me diverti e me irritei em cada um deles.
Na história acompanhamos as tentativas de Oswald “Oz” Cobb, vulgo Pinguim (Colin Farrell) de administrar os bastidores do mundo do crime após os eventos de The Batman (2022), que deixou a cidade abalada e um vácuo de poder no submundo de Gotham.
A inspiração de The Sopranos (1999-2007) fica bem evidente, mesmo que não tenha sido intencional, não dá pra não relacionar uma série a outra, ainda não vi The Sopranos, mas todo o ar de máfia italiana é constante durante todo desenvolver da história, não só pq é uma guerra de gangues com nomes italianos, mas toda a atmosfera meio noir trás a tona o bom e velho vinho do crime.
Vamos falar da ave que não voa e que dá nome a série, Colin Farrell tinha deixado um belo gostinho de quero mais com sua participação em The Batman, mas aqui como protagonista encoberto por maquiagem pesada o cara brilhou, trazendo a tona um personagem perturbado que briga constantemente por atenção e respeito, só que da forma mais psicopata possível, mentindo compulsivamente (mesmo quando não tem mais como mentir) e fazendo literalmente de tudo pra conquistar o seu tão almejado lugar.
Se o protagonista brilha muito, os personagens secundários dão um show pessoal quando o foco é neles. A Sofia Falcone realmente é Gigante, não conhecia a atriz pq não vi How I Met Your Mother (2005-2014), mas a Cristin Milioti mandou muito bem, especialmente quando a gente descobre sobre o passado dela, se é louco, essa personagem é muito boa.
O Victor, vulgo The Weekend (Rhenzy Feliz), tbm mandou muito bem como um aprendiz do Pinguim e em certo momento da série eu sabia que ou ele ou a Sofia iriam de base, mas não esperava que o Pinguim seria tão desgraçado a ponto de matar o cara só pq ele viria a ser uma fraqueza, o cara realmente é cruel.
Um destaque especial a mãe do pinguim, (Deirdre O’Connell) que apesar de ser maluca ainda é gente e definitivamente não merecia ter o Pinguim como filho nem perder seus outros filhos só pq o menino queria atenção, porém ela jogou uma expectativa tão grande no moleque que nem mesmo ameaçado cortar os dedos da mãe o cara não desiste nem fala a verdade.
Admito que senti falta de uma participação especial do Batman ou mais citações a ele (qual vai ser a desculpa, ele tava treinando?), porém compreendo que não era o foco e deixar o Batsinal como cena final funcionou muito bem. Acredito que minha única crítica seria a ação da série e alguns momentos absurdos, mas ainda assim a série é incrível.
Sobre o futuro desses personagens que a gente conheceu, já foi confirmado que o Pinguim vai aparecer em The Batman II, mas ele não será o vilão principal, e gostei do aceno da Mulher-Gato pra Sofia, tinha esquecido completamente que elas são meio irmãs e espero que desenvolvam uma trama legal, porém acredito que não precisa de outra minissérie pra resolver isso.
No geral é uma série incrível, roteiro, produção e atuações funcionam MUITO. Acredito que grande parte do mérito da série vá para a Lauren LeFranc, que veio com todo o argumento de fazer uma história explorando o pinguim de uma forma nunca antes vista.
Frases que merecem destaque
- “Chantani!”
Destaques Extras
- Será que futuramente teremos o Pinguim prefeito?
- Espero que seja uma minissérie e não tenha 2a temporada, mas acho difícil devido o sucesso que fez
- Qualé a daquele doutor do Arkham??
- Freud explica
Nota: 9,5
Série atualmente disponível na MAX
Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler e até a próxima!