Resumindo
Scape room da fé
Expandindo (Com Spoilers)
Não tinha ouvido falar quase nada sobre o filme, mal vi o trailer, porém fui assistir (dublado) com a Lenda Felipolas, o Mago André e o Incrível Piologo e mesmo não sabendo o que esperar eu realmente curti muito o filme, no final ele da uma boa perdida, mas no começo e no meio ele brilha bastante.
Na história, as missionárias Barnes (Sophie Thatcher) e Paxton (Chloe East) vão pregar na casa do Sr. Reed (Hugh Grant), mas mal sabiam elas que o cara tinha estudado tanto sobre religião que decidiu colocar a fé delas em prova.
Os primeiros 5 mim do filme são um pouco estranho, com direito a um papo torto sobre pornografia e um pouco de intolerância religiosa com os mórmons, mas quando elas entram na casa e a situação vai ficando cada vez mais desconfortável, as coisas começam a fluir.
Simplesmente adorei a discussão que o roteiro trouxe sobre religião e plágio sob a perspectiva de músicas e Monopoly, de verdade, não esperava encontrar uma analogia tão “diferente” num filme tão independente (talvez por isso eles tenham conseguido tal feito).
Gostei muito de como o Hugh Grant está se divertindo nesse papel, sendo um antagonista carismática a ponto de divertir a gente em situações que vão ficando cada vez mais absurdas.
Em relação as protagonistas, eu tava torcendo mais para a Barnes, pq já conhecia ela de Yellowjackets (2021-atualmente), então levei um susto quando ela foi de base e a protagonista virou a Paxton, mas como ela teve que se virar sozinha ela foi crescendo e se desenvolvendo em pouco tempo.
Uma pena que depois de tanta reflexão legal sobre religião e talz o filme reduz tudo isso a ideia de “Controle” sobre a população, assim, acredito que de fato não esteja errado, mas sei lá, parece que dava pra ser muito mais do que só isso, assim acaba fazendo o Sr. Reed ser mais um maluco do que alguém que realmente acreditava no que estava propondo.
Pro final tem algumas interpretações legais a se fazer:
- Religiosa: A Barnes sobreviveu mais um tempinho por milagre e conseguiu salvar sua amiga, morreu, virou uma borboleta e fez o que sua amiga tinha falado de pousar na mão das pessoas que ela gosta
- Cética: A Barnes não sobreviveu e a Paxton alucinou que foi salva pela amiga, quando na verdade o todo mundo só morreu mesmo, ela também alucinou que conseguiu fugir e com a borboleta
- Meio a Meio: A Barnes realmente sobreviveu mais um tempinho e conseguiu salvar a amiga, a Paxton conseguiu fugir e alucinou com a borboleta ou vice-versa.
Apesar da borboleta ter aparecido e sumido, eu sou mais adepto ao final religioso, justamente pq é mais legal e teoricamente faz mais sentido com o que o filme estava construindo (pelo menos até certo ponto).
No geral o filme é uma bela surpresa, com um roteiro bem feito (na maior parte do tempo) e apesar de desandar no final com a revelação cética dos mistérios, eu curti muito a discussão proposta e espero que os envolvidos façam mais trabalhos legais.
Frases que merecem destaque
- “Não falamos sobre o Taco Bell.”
- “Vocês ainda acreditam que minha esposa está aqui?”
- “I’m a creeepy.”
Destaques Extras
- Que AirBnB do inferno que a produção encontrou, em? Kkkk
- Assim, entendo que tem uma questão cultural de nomenclatura para os mórmons, mas não traduzir “Sister” na dublagem ficou estranho
- Aquela aranha me assustou.
Nota: 8,0
Filme atualmente indisponível
Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler e até a próxima!
