Resumindo
O cara vira IAsexual e vive umas situações no mínimo mais estranhas do que vc imagina
*Perdi uma aposta com esse filme
*Desculpa a demora para ver Tuga
Expandindo
O Arthur, AKA Tuga insistiu para eu ver esse filme (e ele tava certo), demorei pra ver e foi necessário um rolê em que eu assisti com o homem, a little Fujis, o enigmático Gean, o grandioso Feto e outras participações momentâneas, mas inesquecíveis.
Na história acompanhamos Theodore, um escritor de cartas românticas (para outras pessoas) que está tentando superar o término do seu relacionamento até que conhece a Samantha, uma IA super personalizada que acaba virando sua namorada.
Tentando debater um pouco de filosofia aqui, O CARA NAMORA UMA IA, isso soa muito absurdo em 2013, mas agora em 2024? A gente nem acharia tão absurdo assim, a inteligência artificial está avançando cada vez mais e a gente já não sabe o que esperar, qual vai ser a próxima inovação? Um robô a nossa imagem e semelhança? Algo inimaginável? Vamos descobrir (ou não).
Preciso ressaltar algumas questões técnicas do filme, primeiro a fotografia, as escolhas de cores são incomuns e remetem a um futuro distante, mas ao mesmo tempo, tão próximo, causa uma estranheza boa, não é a toa que o Hoyte van Hoytema ganhou Oscar de Melhor Fotografia futuramente com Oppenheimer (2023). Ainda tenho que escutar mais a trilha sonora, mas ela complementa muito bem essa atmosfera pseudo-futurista. Sobre o roteiro, simplesmente foda no conceito, na execução e na repercussão.
Agora vamos falar sobre o Theodore, o Joaquin Phoenix consegue transmitir um protagonista peculiar, o cara não passa dificuldades financeiras, mas está muito abalado devido a sua última relação, então da pra simpatizar com ele, porém não sabemos como foi essa relação, somente que ele gosta muito da Samantha pq ela está disponível para ele 100% do tempo, então isso já é um red flag.
O que dizer sobre a Samantha? A Scarlett Johansson mandou muito só com voz, claro que quando vc sabe vc personifica ela, mas ainda assim funciona muito e como será que foi essa atuação? Ela tava no ambiente, era só a voz dela? Deve ter sido divertido.
É muito louco que as relações humanas nesse filme são bizarras, todas as mulheres que o protagonista sai ou conversa tem umas idea torta tá ligado? Mas a Samantha não, ela é compreensiva, da risada e conversa com ele como uma pessoa mesmo, chega a ser bizarro que a “pessoa” mais humana é uma inteligência artificial.
No final a gente descobre que ela tem uma relação com não sei quantas 8.000 pessoas e ama umas 400, o que obviamente abala o protagonista, mas ela está em um nível tão acima do que a gente consegue compreender a forma como as relações funcionam para ela, sem dúvidas nem ela, então ela vai embora.
No geral é um filme a frente do seu tempo e que provavelmente vai continuar sendo cada vez mais atual, ele trás grandes reflexões no sentido de, o que é necessário para amar alguém? Vc precisa estar com a pessoa presencialmente? Ela precisa existir? Kkkk, uma loucura mesmo, acredito que o filme é um pouco arrastado, mas entendo o pq, talvez se eu assistir mais vezes eu acabe gostando ainda mais.
Frases soltas durante a assistida
– “isso é uma autodescoberta sexual”(adaptado)
– “Silêncio a Scarlett Johansson está falando”
– “Isso é basicamente um ASMR da Scarlett Johansson”
– “Como que fica esse filme dublado?” – “Em português.”
Destaques Extras
*É assim que nasce um coronga
*A vida imita a arte: jovemnerd.com.br/noticias/ciencia-e-tecnologia/chatgpt-voz-scarlett-johansson
Nota: 8,0
Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler