Resumindo
Uma nova (e mal desenvolvida) perspectiva dos Jedi para o universo de Star Wars
Expandindo
Admito que The Acolyte era um projeto que eu tinha interesse devido ao potencial de explorar a Alta República e os jedi pela perspectiva dos Sith, mas depois de assistir com Me, Myself and I eu preciso dizer que não chegou em perto o que eu esperava…
Na história acompanhamos uma acólita (seguidora de um sacerdote) em busca de vingança contra os Jedi e como essa busca do presente está diretamente relacionada ao passado da Osha (Amadla Stenberg) uma ex-padawan do mestre Sol (Lee Jung-jae).
Já vamos para os spoilers, pq essa série tem muitas “surpresas”, pra começar a acólita, vulgo Mae é irmã gêmea da Osha, pior que eu achei a ideia legal, mas a execução e a atriz foram péssimas, como outras coisas que eu vou falar ao longo do texto, porém tendo em vista que toda a “força” da trama estava comprometida já era de se esperar que não ia dar bom.
Esperava ver o auge dos Jedis, pq isso era o que o período da Alta República prometia para a série, mas basicamente todos que apareceram morreram, no geral de forma boba e rápida, apesar de algumas ótimas cenas, teve muita coisa anticlimática e várias trapalhadas.
Mas se liga no conceito: “Aço e laser não são uma ameaça pra eles. Um Acólito mata sem uma arma, ele mata o sonho” – The Stranger
Agora, me fala se isso não é uma excelente ideia, pena que foi mal realizada.
A série tem uma ótima produção é uma boa base de referência (universo expandido de Star Wars = Legends), mas realmente parece que os realizadores tinham boas ideias e queriam usá-las de qualquer jeito, mas não sabiam como chegar lá, então pediram pro Chat GPT juntar as ideias e nem revisaram, baita roteiro expositivo do caramba.
Dentre essas surpresas do roteiro, temos uma que demorou vários episódios para ver a luz do dia, que era a “grande revelação” do passado que levou toda a trama adiante, que foi os 4 jedis acabando com um coven de bruxas, pô interessante que as “gêmeas” (clones) vieram da força, mas não funciona pq não é explicado.
Outro conceito massa foi de que o jedi está numa luta constante entre ser um cavaleiro honrado ou um sith que não liga mais pra nada o que remete a outras histórias do universo e a ideia de que um jedi não é perfeito, mas luta diariamente para ser.
A revelação da identidade secreta do The Stranger (vulgo um dos capacetes mais legais e “práticos” de SW) foi muito fraca, quando eu ouvi falar da teoria que ele era o Qimir (Manny Jacinto) eu fiquei “Não, não é possível, se for isso vai ser muito tosco.” E FOI!
É impressionante como a força recebe uma áurea mística incrível que é totalmente ignorada em alguns momentos, simplesmente pq o roteiro quer, pois o fato do Sol não reparar que as irmãs trocaram de lugar sendo o mestre que ele é (e não vem me dizer que é pq ele estava desconecta com a força, pq a força funciona tanto pro bem quanto pro mal), e a Vernestra pisa no planeta e sente que o ex-padawam dela tá no planeta e vice-versa (fora que a Mae tem um símbolo na testa!).
Todos os 4 jedis tem fins anticlimáticos, pô eu entendi, mas trazer a Carrie-Anne Moss pra uma participação mais Matrix do que Matrix 4 pra ela morrer em 5 mim, foi triste. O segundo foi legal pq a acólita conseguiu matar o jedi sábio/ padawan merdeiro sem usar lazer ou aço. O terceiro que era um fucking wookie jedi, morreu fora de tela! E o Sol só desistiu/ aceitou ser enforcado pela força.
Destaco a atuação do Lee Jung-jae como Sol, foi muito estranho ele pegar o papel mesmo não sabendo inglês, mas mesmo dando umas truncadas na língua ele lembra muito o Qui-Gon Jinn, pena que quanto mais foi avançando pior foi ficando, juntamente pelo roteiro e cenas gravadas antes.
Um destaque especial para o episódio 5, onde resumidamente: “Boa tarde, morreram todos”. Admito que adorei os acontecimentos pq já tava achando chato, aí tudo foi pra casa do caramba da melhor maneira possível, é espetinho de jedi, quiropraxia ao extremo e personagem não necessariamente relevante, mas muito legal morrendo, tudo isso em meio a cenas de ação bem feitas, mas que termina de forma tosca.
Curiosidade: explicando um pouco o metal que desativa os sabres de luz de maneira foda, ele se chama cortosis, também veio do Legends e fui usado com maestria na luta.
Tivemos uma participação especial do Darth Plegueis, mestre do futuro Palpatine e provavelmente do Qimir, mas foi muito rápida e meio que pra gerar hype e discussão na internet, o mesmo vale pro Yoda, que infelizmente não tinha Mullet ou tanquinho.
Uma questão que já trouxe o desgosto dos fãs mais radicais, além da “lacração” foi que nas entrevistas de divulgação, onde o Charlie Barnett (vulgo Yord, o jedi que usa o sabre como lanterna) confundiu o Luke com o Anakin e eu acredito muito que ele não precisa saber disso, claro que é legal se ele adorar a franquia e pesquisar sobre ou ser corrigido quando errar algo assim, mas nem todo mundo precisa saber tudo sobre a franquia que está entrando, pena que ele conheceu o lado sombrio dos fãs de SW.
No geral é isso, ao mesmo tempo que eu fiquei super empolgado com vários conceitos super legais e que enriquecem cada vez mais o universo de SW, eles foram usados e explorados de maneira tão rasa e tosca que chega a ser mais decepcionante do que verdadeiramente empolgante, provando mais uma vez que o fã de Star Wars está preso num relacionamento tóxico.
Frases que merecem destaque
- “Not very Jedi of you”
Destaques Extras
- Mal posso esperar pra o Nerdcast sobre essa série
- RIP Jecki
- Que que foi o shape do Jacinto???
- Sabre de luz chicote
- Mataram todo mundo menos o rastreador Bazil
- Sei que tem todo um ritual pro sabre ficar vermelho, mas eu curti
- Os siths também amam
- Apesar das questões não respondias, acredito que a série não mereça uma 2a temporada, mas se tiver eu provavelmente verei pq sou trouxa
- Dito tudo isso, a série do Boba Fett segue sendo a pior produção de Star Wars já feita na minha opinião.
Nota: 4,0
Série atualmente disponível no Disney+
Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler e até a próxima!
