Um Redemoinho de Surpresas

Uma review de Twisters (2024)

Resumindo

Uma ótima sequência espiritual que conta uma bela, divertida e dramática aventura atrás de tornados

*Tem uma piadinha pós-créditos

Expandindo

Fui assistir ao filme com a minha maravilhosa mamãe e meu magnânimo primo esperando ser um blockbuster (filme caro e que rende mais dinheiro ainda) e definitiva é, só espero que faça dinheiro, pq de resto do que foi prometido foi cumprido.

Na história acompanhamos uma ex-caçadora de tornados (traumatizada) voltando a ativa para ajudar a evitar mais desastres, só que ela não é a única, tem uns malucos que fazem isso e transmitem ao vivo no YouTube, a medida que o tempo passa a temporada de furacões se intensificam causando consequências inimagináveis.

Primeiramente, apesar de ser uma sequência (com um ótimo nome que apenas adiciona um “S” no título), definitivamente não é necessário ver o clássico Twister (1996), pois a única prova de que é estamos no mesmo universo é a máquina Dorothy e a busca por medir os dados dos tornados, o que é legal pois depois eles evoluem isso (mais pra frente eu e explico), porém fica a indicação de ver o outro também, apesar de obviamente ser mais leve que essa continuação.

No começo desse filme vemos a tragédia da protagonista Kate Carter (Daisy Edgar-Jones) e seu amigo Javi (Anthony Ramos), o que diga-se de passagem foi uma ótima cena introdutória, que nem no clássico.

O curioso é que agora a Kate basicamente caça tornados a distância, mapeando a posição dos ventos enquanto trabalha numa empresa de meteorologia, acredito que atualmente rastrear esses tornados seja bem mais fácil, mas por liberdade artística eu super aceito. Adorei o ar de misticismo que a Kete recebe para ir atrás dos ventos, vendo e percebendo coisas que nem os sensores percebem e todo o drama dela é bem aceitável e desenvolvido, apesar do tratamento de choque que o Javi faz ela passar.

Admito que to começando a curtir demais o Glen Powell, ele está fazendo um filme mais divertido do que o outro e aqui não é diferente, seu personagem Tyler Omens começa como uma maluco babaca que caça tornados e sofre um twist (desculpa o trocadilho) e acaba como um gênio maluco nice guy, mas faltou desenvolver o romance…

O olho do furacão da obra, ou seja os tornados, são muito bem feitos e executados, desde o primeiro ao último vendaval somos muito bem maravilhados e assustados por essa força da natureza, que claro deve ter sido bem exagerada, porém novamente eu aceito tranquilamente e quero mais.

Adorei a evolução da tecnologia que trás os nomes de Mágico de Oz para a brincadeira, com o Homem de Lata, o Leão, o Espantalho e o próprio Mágico para medir os dados de forma tridimensional, ao mesmo tempo vemos algumas técnicas mais “rústicas” como prender o carro no chão, fogos de artifício e drones. Também curti o método para acabar com os tornados, pura ficção, mas puro entretenimento.

Sinto que a crítica social do investidor que “ajuda” as famílias afetadas comprando o terreno desolado deles para usar futuramente poderia ter sido mais explorada, mas ao menos tempo, não sei se teria uma resolução satisfatório.

É muito louco parar para pensar que o diretor Lee Isaac Chung é o mesmo por trás de Minari (2020), o cara consegue equilibrar muito bem drama e tensão/ ação.

Destaque para a trilha sonora country presente em todo o momento do longa, como estamos no interior dos EUA, vamos full interior, com direito a sotaque e rodeios.

Gostei que no final a Kate é quem resolve tudo, apesar de vermos que o Tyler é muito legal, ele não assume o protagonismo, a história é dela e ela é que enfrenta o apocalipse em forma de vento e consegue acabar com o tornado final usando sua ciência.

Resta saber se o filme vai fazer sucesso para termos alguma possível continuação, sou totalmente a favor, apesar de acreditar que já venceram os tornados, porém gostaria de ver o romance mais desenvolvido e mais cenas épicas.

No geral é um filme tenso e extremamente divertido, um genuíno blockbuster, com bons personagens e uma super produção que realmente usou o dinheiro que tinha e não era pouco.

Destaques Extras

⁃ Acho que eu vi uma Sabrina Morningstar

⁃ Pra conquistar a sogra o segredo é dar uma camiseta com a sua cara, matou a charada

⁃ Glen Powell de boné não funciona

⁃ Excelente meta linguagem onde o cinema mostra um tornado 4D

– A RAM bancou bastante as caminhonetes do filme

Nota: 8,0

Filme atualmente disponível nos cinemas

Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler e até a próxima!

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