Aniquilação é uma Autodestruição Constante

Uma review de Aniquilação (2018)

Resumindo
Aí minha biologia, filosofia, psicologia, física e outras áreas de estudo convergindo e se destruindo.

Expandindo 
Minha lista na Netflix é formada por produções que eu já vi e posso rever de novo, juntamente com produções que eu não vi, mas tenho interesse (faço isso para evitar o vórtex infinito do paradoxo da escolha [recomendo]), dito isso tinha esquecido que esse filme estava lá e aleatoriamente decidi assistir com a minha maravilhosa mamãe.  

Na história uma ex-militar e atual bióloga (Natalie Portman) reencontra seu marido (Oscar Isaac) que foi dado como morto após uma missão perigosa, mas agora ele está meio lelé da cuca (e de saúde) justamente por causa da missão perigosa e o que ela decide fazer?? Ir para o mesmo lugar para encontrar alguma forma de ajudá-lo.

O filme não enrola muito para revelar a origem do “Brilho” (bolha alienígena que está se expandindo e zoando a biologia em volta), mas mesmo assim ainda tem muitos mistérios a serem explorados, sejam eles biológicos, fisiológicos ou principalmente psicológicos. 

É muito louco ver esse ambiente que extrapola o convencional e mistura de maneira única a ciência e a fantasia, mas resumindo o brilho é uma zona de mutação descontrolada, como células cancerígenas que acabam se mutando mais do que o necessário, criando paisagens maravilhosas e perigosas. 

Dentre o esquadrão suicida principal temos uma mais traumatizada que a outra, seja alcoólatra, suicid@, depressiva, com os dias contatos (devido a um câncer) ou a própria protagonista que está super abalada por trair o marido e mesmo ele descobrindo não ter feito ou falado nada. 

A produção desse filme tá muito boa, claro que tem muitos efeitos digitais, mas mesmo assim colabora pra essa atmosfera super bizarra e desconhecida (o mesmo vale para a trilha sonora de suspense 100% do tempo). Cheio de plantas e animais mutantes, lindos e agressivos, o Crocodilo e o Urso que o diga. 

Toda essa loucura serviu como uma forma de tentar explicar que somos seres em constante evolução/ mudança, seja de perspectiva ou de ideia, mas principalmente nas nossas células, que sempre estão se autodestruição, ou seja nunca somos a mesma pessoa de 1 minuto atrás.

Um detalhe “legal” é que da pra fazer uma relação com qualquer colonização, onde um grupo domina o território do outro e acabam fundindo suas características/ culturas (normalmente de forma violenta) e criando algo completa novo.

Tentando explicar o final, o ser espelhado que surge na caverna é um clone perfeito da protagonista, alguém que se sair dali e tomar o lugar dela e ninguém de fora ia ficar sabendo, mas ela faz o oposto do marido dela, que simplesmente aceitou a mudança e foi de auto americanas, ela brigou o máximo que pode, mas só ganhou quando foi “bondosa” com o seu espelho, por assim dizer, porém no final ela se fundiu com o alienígena mesmo assim, diferente do marido que só foi substituído pela criatura, então dá a entender que a invasão total vai começar.

No geral é um filme bem maluco e constantemente tenso/ denso, porém eu acabei curtindo muito essa brisa que imagina uma invasão biológica, que causa consequências e situações inimagináveis e bizarras, e ainda contendo um metáfora bem legal no melhor estilo “você não consegue se banhar 2 vezes no mesmo rio.”

Destaques Extras 

– Em alguns momentos do filme vimos um Ouroboros, uma imagem de uma cobra comendo a própria calda, seja num formato de círculo ou na forma do infinito, o que representa a autodestruição/ autoconstrução constante.

– “Não seria mais fácil ir pela água??” PH Santos 

Nota: 7,5

Filme atualmente disponível na Netflix

Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler

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