O Auto da Compadecida é um Clássico Necessário

Uma review de O Auto da Compadecida (2000)

Resumindo
De fato um clássico brasileiro, que trás os palcos do teatro para o audiovisual de uma maneira única. 

Expandindo 
Já estava devendo assistir a esse filme por causa da sequência, mas depois de ser intimado para assistir eu fui atrás de ver e depois descobri que tinha duas versões, a série (que dá umas 2h40) e o filme (que tem 1h40).

Na história acompanhamos as aventuras e desventuras de Chicó (Selton Melo) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) no interior de uma cidade típica do sertão nordestino, temos ação, romance, drama, de tudo um pouco que juntos contam uma história no mínimo divertidíssima. 

Sinto que deveria ter assistido a Série ao invés do filme, mas como não pesquisei sobre, não fui atrás, porém mesmo assim pude aproveitar bastante e quem sabe futuramente eu não vejo a série para ter a experiência completa? 

Explicando um pouco o título, o “Auto” faz referência a histórias com lição de moral e a “Compadecida” se refere a mãe de Jesus, que se compadece com a história de todos os personagens.

O roteiro original do Ariano Suassuna foi feito para uma peça teatral, mas muito bem adaptado para o audiovisual, pois da pra notar que tem uma composição teatral, fazendo as histórias serem tão amarradinhas que se juntam numa pintura única.

Apesar de quase todos os atores não serem do nordeste, você acredita que seus personagens são, então foi uma excelente caracterização e atuação, principalmente do sotaque.

É necessário destacar todos os aspectos da produção que tornaram essa história a mais realista/ fantasiosa possível, em alguns momentos nos nos sentimos vendo um cordel animado e em outros uma típica cidadezinha do interior. 

Também é necessário ressaltar o talento e química dos dois protagonistas, Chicó e João Grilo são a alma do negócio e apesar de serem muito opostos, não conseguem viver sem o outro, todas as enrascadas que eles se mentem são extremamente divertidas e as coisas só vão escalonando cada vez mais.

Todos os outros personagens de apoio também são super legais, alguns servem para alimentar os esteriótipos/ preconceitos de alguma classe ou profissão, mas no sentido de piada crítica, o que funciona muito bem. 

Sobre a sequência, espero que seja boa, mas não sei não, a produção está impecável, mas acho difícil repetir um roteiro tão bem amarradinho e divertido, dito isso verei de qualquer jeito. 

No geral é um clássico brasileiro atemporal que funciona muito bem a medida que diverte e entretém, então obviamente que vale a pena veer ou revisitar a obra, seja em formato de filme ou série, pois querendo ou não você conhece alguma frase ou piada desse filme. 

Frases que merecem destaque

– “O de casa! – O de fora!”

– “Não sei, só sei que foi assim…”

– “É ou não é?”

– “Quem é ele? – Posso dizer não que ele pediu” 

– “Ele é bonito? – Posso dizer não que eu sou modesto”

– “Ele tá doido pra morrer e eu tô doido pra matar. Dá certinho!”

– “Pois fique sabendo que ninguém é mais frouxo do que eu”

– “Ou eu morro ou eu desmoralizo”

– “Comigo é assim, escreveu não leu, o pau comeu” 

– “Matar padre dá um azar danado. Sobretudo para o padre.”

– “Desse jeito o inferno vai terminar igual a uma repartição pública: Existe, mas não funciona.”

– “Ô promessa desgraça, ô promessa sem jeito!”

Destaques Extras 

– Só depois de pesquisar um pouco sobre a produção que eu descobri que existe uma “Roliúde Nordestina”, simplesmente incrível. 

Nota: 8,0

Série e filme atualmente disponíveis no Globoplay

Isso é tudo pe-pe-pessoal, obrigado por ler 

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