Fallout – Uma Grata Surpresa

Uma review de Fallout (2024)

Resumindo

Retrofuturismo movido a radiação nuclear que faz uma bela sátira do mundo atual

Expandindo (Com Spoileres)

Pior que quando eu vi o trailer eu fiquei animado com a adaptação, não sou o maior fã da franquia, só joguei o comecinho do Fallout 4 porque meu irmão me convenceu e na época eu achei muito complicado, mas sabia que o mundo era muito rico, logo esperava que a série fosse ser boa, mas não incrível!

Na história acompanhamos 3 pontos de vista bem diferentes no meio de uma Terra desolada pela radioatividade, todos acabam por procurar a mesma coisa sem querer e precisam se aliar ou se enfrentar, além de lidar com os perigos fruto das bombas nucleares e dos sobreviventes (ou não) da superfície.

A estética dessa série é simplesmente incrível, parece que a produção pensou em TODOS os detalhes que fazem o universo de Fallout ser tão rico, desde o retrofuturismo dos anos 50 até cenários destruídos e mínimos detalhes como vender um dente por uma porção de tampas da Nuka-Cola (moeda pós-holocausto nuclear). Parabéns Jonathan Nolan e Lisa Joy, que essa série viva mais do que Westworld (2016-2022) e de preferência que tenha um final.

A Lucy (Ella Purnell) é uma personagem muito boa, pois além de sermos apresentados logo de cara as suas skills vemos a inocência deturpada não necessariamente ser substituída, mas sim evoluir para algo novo com “That’s the golden rule mother fucker.”

Admito que o Maximus (Aaron Clifton Moten) estava muito ambíguo pra mim, algumas horas ele era bom, outras parecia ser ruim, falava a verdade, mentia, mas no geral é um personagem legal que quer subir na vida e provavelmente vai conseguir.

O Ghoul (Walton Goggins) é a cereja do bolo que torna essa série ainda mais única, ele é um personagem com uma forte conexão com o passado ao mesmo tempo em que é o famoso “Lobo solitário” que já abraçou a insanidade radioativa. Gostei da maquiagem e do ator, mas ele funciona mais no futuro do que no passado.

Os Efeitos especiais estão meio ambíguos também, em alguns momentos eles ficam MUITO bons e em outros não funcionam tando, mas gostei das criaturas e dos cenários digitais.

As críticas sociais vão além do clássico “A Guerra… A Guerra nunca muda” e “Todo mundo quer salvar o mundo. Só que dicordam sobre como”, mostrando algumas sociedades dos vougths, a religião da irmandade do aço e o que os ricos e milionários fizeram para garantir o “futuro”, talvez o mais engraçado disso venha do fato da série ser produzida pela Amazon kkkk.

Não diria que essa série tem tantos defeitos, só algumas quedas de CGI e algumas disparidades com a fotografia e se você não ir com o humor dela, mas consigo relevar tudo isso tranquilamente.

Admito que não gostei do modelo de lançamento que a Amazon adotou para a série, não sei se eles tinham medo do público não engajar, mas se tivesse sido um modelo semanal, a internet ficaria discutindo por 8 semanas (ou menos se eles fizessem igual The Boys [3 eps depois semanal])

No geral foi uma excelente surpresa e uma ótima adaptação que consegue zoar e fazer referências a mecânica dos jogos, realmente sinto que a próxima era do audiovisual (filmes, séries e animações) vai ser a dos video games. Vale lembrar que mesmo sem ter muita familiaridade com o material original a série funciona muito bem por si só.

Nota: 10

Destaques

*feio, forte e formal foi inesperado kkk

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